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VCT Americas: shaW fala de problemas com visto e desafios da FURIA

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Por Fernando “nandoshow” Schwabe | 12 de Agosto de 2025 Fonte: Gamearena

 

A FURIA chegou, na noite do último domingo (10), à maior sequência de derrotas da história do VCT Americas. Há 11 jogos sem vencer, a equipe brasileira passou por muitos problemas na temporada, dentre vistos, problemas médicos e mais. Após a partida contra G2 Esports, a Game Arena conversou com Ian “shaW” Jardim, que finalmente se juntou à equipe em Los Angeles com a liberação de seu visto.

Inicialmente, shaW falou sobre o jogo contra a G2 e como foi o período de trabalho remoto:

Acho que acompanhar de longe é muito ruim porque são rotinas diferentes, horários diferentes, percepções diferentes. É muito difícil acompanhar o que tá acontecendo quando o jogador sai do Discord. Você não consegue viver o clima de campeonato de forma constante. Acho que você é um head coach, precisa estar o tempo todo ponderando a rotina, o que tá vendo.

Só de chegar aqui eu já vi coisas que estavam claramente erradas e acho que dentro do servidor isso é um pouco de reflexo do que eu acabei de vendo, que precisam mudar. Perdi muito mais do que eu ganhei na minha carreira, até começar a ganhar eu aprendi coisas que não devem ser feitas e é isso algo que a gente entende como etapas para poder seguir“.

shaW também compartilhou algumas das dificuldades da FURIA na série:

“Eu poderia falar de ‘n’ coisas, mas a verdade que a gente já entendia bem como a Waylay joga, eu smurfei ela no VCB no último split, eu entendia bastante o gap de jogo, próprio Urango jogou com ela. Eu acabei falando pra transmissão internacional que surpreende, mas dentro do servidor, a sensação é outra. A gente já entendia conceitualmente o que ela faria e como a gente deveria jogar contra.

Nos dois jogos, pra mim um ponto muito comum é que a gente perdeu a mão no começo do jogo. A gente tinha um plano muito bem definido e o time fez outro plano. Quando você precisa pausar pra mandar fazer o plano inicial, o VALORANT te pune no que: talvez aquele plano inicial não funcione porque já foi um snowball de ultimate. Alguns times são muito melhores do que outros em ter essas resoluções, acho que o time da G2 é muito difícil de jogar contra eles sem querer direto.

Eles fazem dois, você faz dois. Quando o jogo é trocado, você consegue retomar em alguns momentos, mas tomar um snowball muito cedo contra eles, ainda mais uma equipe inexperiente, isso tende a pesar muito nos jogadores“, disse shaW.

shaW falou da oportunidade em estar no VCT após muitos pedidos da comunidade:

Eu sempre quis estar aqui na franquia, mas entendia que parar estar aqui, você precisa moldar o pensamento de quem está a aqui e cada vez mais eu vejo que isso é uma coisa muito necessária. O jogador brasileiro vêm muito mal preparado pra cá. Ele entende o jogo conceitualmente muito mal e ele vai sofrer um processo de aprendizagem.

Já sentia que eu ia ter que colar muito junto deles pro processo ser mais acelerado, mas para ele ser mais acelerado, ele te exige uma dedicação muito fora da curva. Os jogadores não estão acostumados a viver isso, estão fora de casa, deslumbrados com ambiente. Sinto que, agora que eu cheguei, o trabalho começa. Eu entendo que é uma situação horrível, peço desculpas para à torcida brasileira, da FURIA.

Recebo muito mais mensagens de apoio do que as que botam pra baixo. Entendo que agora é um período que vamos ter que usar esse próximo jogo, OFF//SEASON, para construir maturidade, se habituarem com servidor, a jogar contra os caras, para quando sentar no stage, o choque ser menor

Perdendo os três primeiros jogos da FURIA, shaW falou do impacto dos problemas de visto no trabalho da FURIA:

Acho que sim, não tenho muita dúvida. Dentro dos times que eu tive os melhores resultados, a gente conseguia criar essa atmosfera de campeonato, estar confiante com o companheiro para resolver problemas ou não ter dúvidas do que fazer no jogo. Quanto mais longe estou, mais desconexo fica e mais dificíl é cobrar, criar rotina.

Pesou muito, acho que não é desculpa, o time tinha que ter apresentado um resultado melhor. Pela baixa idade, dificuldade em se adaptar, tudo acaba pesando, não vou dizer que não“.

shaW também falou se há pressão dos líderes da FURIA por resultados. A equipe não vence há 11 jogos, maior seca de uma organização na história do VCT Americas:

Em termos das pessoas acima da gente, eles dão o melhor suporte possível pra que a gente performe. Uma coisa que eu tive ciência é que eles te dão liberdade pra trabalhar e seguir um caminho que você acha que é coerente. Eles ficam à par do que está acontecendo, principalmente o Guerri, ele é muito próximo, acompanha rotina. Essa pressão é muito maior nossa e externa, do público.

É uma organização que desempenha muito bem em todos os jogos, então nada mais justo do que conseguir dar isso no VALORANT. Infelizmente é um processo. Pra ter algumas coisas consistentes, toma um tempo, principalmente com pessoas inexperientes. Por parte da organização, não existe essa pressão, mas a gente entende que está no meio de um ambiente competitivo, tudo é avaliado. A organização não pesa na gente em cima disso, a pressão é interna, nossa, cada um se provar“.

shaW também comentou a escolha da Lucas “Kamino” Kamino, novo assistente técnico da equipe:

Eu já conhecia o Kamino há uns bons anos. Ele sempre foi um cara interessado em entender o jogo além dos dados, sempre me procurava pra trocar ideia. Sempre toquei no ponto que eu preferia não ter assistente do que ter pessoas que não estavam entendendo o que a gente tava trabalhando. Eu deixei muito claro pro Kamino que ele me ensinou como ele organiza a questão de dados e pode ser útil pra mim, mas preciso que ele entenda a maneira de ver o jogo pro time.

Que ele traduza os dados pro elenco, pras coisas serem tangíveis. Eu entendi que o potencial dele era muito grande, não quero ver ele como analista, quero ver como um parceiro de trabalho. Eu acho que é muito mais isso. Quero mostrar minha visão, como o jogo deve ser jogado, para depois procurar dados relativos a jogadores e tudo mais

Por fim, shaW falou do jogo contra a EG, que pode classificar a FURIA para os playoffs do VCT Americas 2025 Stage 2:

Expectativa para o confronto é e sentir que o meu time está entrando com a cabeça certa pro jogo e o que vier disso é consequência. Eu quero ganhar, jogar um playoff. Já vivi campeonato onde eu ganhei que tava super mal na fase de grupos e uma, duas vitórias colocou a gente no campeonato. Você precisa saber aproveitar esse momentum, filtrar as coisas que deram certo, o que não deu, e pegar confiança.

Se essa equipe tem uma coisa pra mostrar, esse é o jogo. Eu poderia falar que a gente tá sem pressão, que a gente é underdog, mas eu acho que todo competidor que se vê desse jeito é um lixo. Ele não pode se colocar nesse cenário de ‘não tenho pressão nenhuma’. Cara, se você não está se sentindo pressionado, que precisa performar, você não tem que estar aqui. Esse é o ponto pra mim. Você está pressionado quando tá perdendo, quanto mais ganhar, mais você vai estar pressionado.

Eu acho que a gente precisa primeiro aprender a conviver com essa pressão e eu preciso ver isso no servidor. Muito mais do que o playoff, eu preciso ver que quem tá dentro do servidor tem a possibilidade de carregar as coisas e não se sentir abalado por um problema qualquer que aparece“, afirmou shaW

 

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