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VALORANT: Boaster relembra atmosfera do LOCK//IN e brinca com Saadhak e Less no VCT EMEA

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Por Fernando “nandoshow” Schwabe |17 de Abril de 2025 Fonte: Gamearena

 

Segundo jogador há mais tempo na mesma organização no VCT, Jake “Boaster” Howlett, IGL da FNATIC, é um dos poucos atletas a se manter no topo do VALORANT desde o início e ter mais de 10 participações em palco internacional. Carismático como sempre, o britânico comentou, em entrevista à Game Arena, sobre o momento da equipe, relembrou o LOCK//IN no Brasil, rivalidade com a LOUD em 2023 e mais.

Desafio para muitas equipes brasileiras, a OFF//SEASON só teve apenas um torneio no Brasil. Entretanto, a FNATIC teve boa preparação, aproveitando de sua parceria com a Red Bull para disputar o Red Bull Home Ground e o Riot ONE. Boaster falou sobre a importância da parceria com a empresa austríaca na preparação do elenco para 2025:

Eu acho que é algo gigante. Quando se fala de um time que a Red Bull quer patrocinar ou ser parceira, é um time que pode ganhar troféus, que tem respeito dos fãs. É um privilégio ser um dos times escolhidos, fico muito feliz. Também podemos ir aos eventos como o Red Bull Home Ground e competir, ter mais treinos, conhecer os fãs, dar autógrafos e jogar no palco e viver a vida de um gamer profissional é um grande privilégio.”

Há dois anos, a FNATIC bateu a LOUD na grande final do LOCK//IN, por 3 a 2. O torneio, sediado em São Paulo, teve a equipe liderada por Boaster “calando” a torcida brasileira. O IGL comentou sobre a experiência e relembrou a atmosfera durante a partida:

Acho que ainda é um dos meus momentos mais memoráveis na história do VALORANT. Eu não consigo superar quão alto era o barulho quando a LOUD saiu de 0-2 para 1-2 e depois 2-2. Especialmente no 2-2, quando perdemos o mapa, eu tirei o fone e eu fiquei desacreditado com o barulho. Acho que o formato da arena indo pra cima ao invés de ir para os lados foi um grande fator, mas foi épico. Foi como se eu estivesse em um anime ou em um show de TV épico. Nunca vou esquecer. Me senti mal por silenciar a torcida, mas foi algo maluco poder voltar do jeito que foi. Eu sei que as pessoas ainda falam sobre [o 11 a 3], mas pra mim é tranquilo porque é um grande momento na minha carreira e na minha vida

Boaster comentou sobre como mantém o alto desempenho da FNATIC e indo em caminhos contrários de equipes como LOUD e Paper Rex, que não vivem boa fase em 2025:

É difícil. Tem muitos jogadores jovens e novos que estão famintos para vencer. Quando você está jogando com as mesmas pessoas por um tempo, você acaba ficando confortável, perde a vontade, existem tantos aspectos envolvidos no palco internacional e dentro de um time que você tem que se acostumar ou aprender. Especialmente no VALORANT, onde as pessoas são tão jovens, você precisa aprender rápido. Se você é mais velho, você precisa trazer essa sabedoria para seus futuros times. Isso mostra o impacto que um time e um bom ambiente podem ter, além de uma ética de trabalho e do meta. Esse Tejo e Vyse é diferente de quando jogamos há dois anos atrás no LOCK//IN, com certeza

No topo do VALORANT desde 2020, Boaster comentou a sensação manter a FNATIC entre as principais equipes do mundo e seguir como um dos principais IGLs do FPS da Riot Games:

Eu acho que, como IGL, você aprende o que faz seu time melhorar, seja dentro ou fora de jogo, ambos tem um impacto significativo no time. Sobre mim, é mais como eu comando as minhas expectativas. No ano passado, eu não tive o melhor dos anos mentalmente, mas a nossa temporada não foi ruim, ganhamos o VCT EMEA, não tivemos as melhores performances no palco internacional, mas ao menos estávamos lá, o que alguns jogadores sequer conseguem fazer. Acho que é configurar seu cérebro para esperar menos, entender a sua situação. Acho que essa é a diferença de 2024 e 2025. Eu não tenho nenhuma grande expectativa de vencer dois ou três troféus.

Minhas expectativas são de voltar a gostar de jogar, não colocar pressão em ganhar ou perder. Se eu perder, não importa, já perdi várias vezes na minha carreira. Estou usando a sabedoria que eu adquiri na minha carreira e usando no presente com os meus companheiros. O que estou fazendo é tentar curtir de novo. Acho que isso ajuda e faz eu gostar do jogo. E trabalhando, mas estou trabalhando mais eficiente do que tentar arrumar tudo. Se eu não me sentir bem naquele momento, vou achar outra coisa pra fazer e voltar depois. Tem muita coisa pra se manter no topo. Você só precisa seguir tentando. Quero ficar no topo, mas vamos ver. Precisamos chegar lá antes, vamos tentar.”

Com Matias “Saadhak” Delipetro na Karmine Corp e Felipe “Less” Basso, ambos ex-LOUD, no VCT EMEA, Boaster reencontra dois grandes adversários. Em grandes jogos, o duelo entre a equipe brasileira a FNATIC marcou o ano de 2023. O britânico comentou sobre o reencontro com a dupla e brincou que está sendo perseguido, além de comentar sobre o nível das equipes do VCT EMEA:

Eu não acredito que o Saadhak e Less vieram para o VCT EMEA arruinar minha vida. Eles só querem ganhar de mim. Eles já estavam satisfeitos em ganhar no palco internacional, agora vieram para minha região. O desrespeito é insano. Acho que a competição está maior. Os times estão mais parelhos, vira algo sobre quem está mais ligado ou atirando melhor no dia, ou quem ganha os rounds cruciais no jogo. É muito difícil ser consistente como fomos em 2023. Acho que isso é algo que deixa mais legal, é um novo desafio. Ganhar naquela época foi ótimo, mas será que eu consigo vencer agora? Já se foi um ano e meio, conseguimos ganhar de novo? Isso pode selar o nosso legado. É legal, mas eu diria que tem um grande Royal Rumble de seis ou sete times e tem outros times mais pra baixo que não estão bem. Mas o bloco de cima é apertado, tudo pode acontecer.”

Após quatro anos como companheiros na FNATIC, Boaster enfrentou Nikita “Derke” Sirmitev pela primeira vez na carreira. O resultado positivo também ajudou a equipe do IGL britânico a se classificar de forma adiantada aos playoffs. O capitão falou sobre o reencontro e a importância de confirmar de já ter vaga garantida na próxima fase:

Foi estranho jogar contra o Derke. Eu conheço o Derke desde que a gente começou a ir aos eventos internacionais e eu sei que tipo de jogador ele é, sua personalidade. É interessante ter que jogar contra ele e ter que ficar do lado contrário do que ele pode fazer numa partida. E ele tem o Less ao lado dele, então foi rápido para banir Icebox, eu não tenho tempo pra me preocupar com os dois na Icebox. Eu diria que foi interessante.

Idealmente, a gente quer terminar o grupo com 5-0 no topo do grupo. Precisamos ganhar da GIANTX e da Heretics, o que nos dará uma boa chance de ir para Toronto. É bom manter esse momentum, a atmosfera do time é ótima, a vibe é ótima, estamos nos dando muito bem. Estamos trabalhando, quando treinamos é algo bem eficiente e com um ambiente positivo, o que é a melhor coisa que você pode ter num time porque tudo pode desabar se uma pessoa acaba com a vibe do dia e o dia de treinos é um desperdício. Neste momento, todos estão ali para ganhar juntos. Mesmo que a gente perca no treino, ainda temos muito a aprender e nos mantemos positivos. É algo enorme. Nosso Performance Coach, Phil, ele é tão alegre que você nem consegue ficar bravo ou ser rude com ele porque você se sente uma pessoa ruim. Ele é uma adição recente no nosso elenco e estamos muito bem.

Na FNATIC desde 2021, Boaster é o segundo atleta há mais tempo na mesma organização, dentre as equipes do VCT. O britânico comentou sobre sua relação com a equipe, sendo o “rosto” da organização no VALORANT:

É doido, ainda lembro o dia que eu pensei que não seria um profissional e lembro o dia que o VALORANT foi lançado e eu pensei em ser profissional de novo. Eu lembro do dia que a FNATIC bateu na nossa porta quando a gente jogava como SUMN FC. É louco, o tempo voa. Tem sido uma jornada divertida, com muito trabalho, mas com muitas conquistas. Tem sido uma experiência de muito aprendizado na minha vida. Poder jogar pela FNATIC, uma organização histórica no FPS, especialmente no CS onde eu jogava e costumava olhar para jogadores como JW, Flusha e especialmente Olofmeister, eu adoro esse cara. Poder jogar e ganhar troféus por essa organização, ainda estar apto a competir, estou com 29 anos, quase 30. Eu sei que não parece, tenho cara de criança, mas eu acho que é algo engraçado e maluco como o mundo é às vezes se você tiver sorte. Estou feliz.

Boaster também relembrou os grandes confrontos contra a LOUD. Em 2023, a FNATIC perdeu apenas três jogos durante toda a temporada, sendo dois para a equipe brasileira. O IGL também falou sobre o carinho dos fãs brasileiros durante o LOCK//IN:

Jogar contra a LOUD sempre foi uma pedra nos sapato. Eu sentia que aqueles jogadores amavam jogar contra nós, especialmente o Less. Saadhak e fRoD tinham uma ótima sinergia e parecia que funcionava muito bem. Quem mais estava lá? Era tuyz, cauanzin e aspas. Eles tinham um elenco incrível e era um saco jogar contra eles. Eu tentava evitar o aspas e dava de frente com o Less, não tinha como evitar um bom jogador. O cauanzin estava jogando muito naquela época contra nós. Eu falava pro Leo: “Tá vendo, o cauanzin usa Odin na Ascent, porque você não usa?’. Voltando aquela época, foi divertido. Saber que se você vai pra um torneio com chances de vencer o título e seu principal adversário é a brasileira LOUD.

É uma pena que eles não estão indo bem atualmente. É uma pena. Espero que eles voltem. Tecnicamente, ainda estou jogando contra LOUD, tenho Saadhak e Less por aqui, então só precisamos dos outros voando e entrando em um dos nossos times do EMEA. Eu ainda lembro alguns dos fãs no LOCK//IN quando a gente entrava na arena, dando autógrafos e eles pediam pra eu voltar pro Brasil e eu respondia que eu voltaria em outro evento. Outro fã pediu pra eu levar ele comigo e eu disse que não podia. Me leva pra LA, essas coisas

Com diferentes equipes tomando a ponta no cenário internacional, Boaster comentou sobre o nível das equipes fora do EMEA e quais adversários gostaria de enfrentar:

O meta está tão maluco agora, todo mundo usa composições diferentes. A T1 e DRX usam dois duelistas, o MIBR trocando jogadores e colocando o Verno da NRG e ontem eles ganham da NRG, Verno estava gritando, o aspas parece estar mais confortável no MIBR que na Leviatán. Tiveram tantas mudanças de elenco no começo do ano, novos rostos, pessoas que você nem esperava jogando. Tem muitas coisas acontecendo, mas internacionalmente, a T1 ganhou recentemente, então não me importaria em lutar contra eles e derrubá-los. Do NA, Sentinels, ainda preciso da minha revanche contra eles. Quem mais eu gostaria de enfrentar? Ainda preciso da minha revanche contra o aspas, tecnicamente, desde Los Angeles. Tenho uma lista longa de times que eu preciso jogar e ter minha vingança. Eu jogo contra quem for, eu só quero estar em Toronto.”

Por fim, Boaster mandou um recado aos fãs brasileiros:

Olá a todos os fãs em Brasil, obrigado por todo o apoio. Tem uma pessoa que me mandava mensagem todo dia e dizia ‘fazem X dias que a LOUD ganhou de você’ e ele fez isso por cerca de 78 dias, todo dia, e aí ele parou. Queria saber onde está esse fã, se ele está bem. Se ele tivesse completado um ano, eu daria uma Jersey ou algo assim, porque isso é dedicação à LOUD. Obrigado a todos pelo suporte, agradeço muito. Espero ver vocês em outro evento, competir contra as equipes brasileiras e seus novos jogadores que estão surgindo. Será incrível. Boa sorte.”

 

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