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O Discord deu o próximo passo rumo à monetização integrada: após meses de testes em silêncio, a plataforma anunciou oficialmente o lançamento das Discord Orbs, sua nova moeda digital. A proposta? Recompensar usuários que assistirem a anúncios enquanto usam o aplicativo.
As Orbs não podem ser convertidas em dinheiro real, mas já possuem utilidade na loja própria do Discord, onde é possível usá-las para desbloquear cosméticos exclusivos,como avatares animados e emblemas, ou até comprar dias da assinatura Nitro, serviço premium da plataforma.
A iniciativa surge como um desdobramento do sistema Quests, já existente, que recompensava usuários por realizar tarefas relacionadas a jogos enquanto utilizavam o Discord. Agora, o ecossistema se amplia com foco direto em engajamento publicitário.
Embora a funcionalidade ainda não esteja disponível para todos os usuários globalmente, alguns já começaram a receber um pop-up ao abrir o aplicativo no computador, sinalizando que estão aptos a ganhar Orbs a partir daquele momento.
Segundo Bradley Sheets, CEO do Discord, o objetivo é facilitar a entrada de mais estúdios de jogos e marcas na plataforma. No sistema anterior, os anunciantes precisavam criar cosméticos próprios como recompensam um processo trabalhoso. Com as Orbs, essa obrigação desaparece: os anunciantes agora podem simplesmente oferecer a moeda como incentivo.
Os preços iniciais na loja virtual também parecem razoáveis. Por exemplo:
Apesar da moeda não ter valor real, o movimento levanta discussões sobre a “gamificação da publicidade” e a linha tênue entre engajamento e monetização passiva. O Discord parece mirar em uma estratégia similar à de plataformas como TikTok e Twitch, que já premiam interações com moedas ou pontos virtuais dentro de ecossistemas fechados.
Enquanto o Discord expande suas funcionalidades, a plataforma enfrenta desafios no Brasil. Recentemente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) solicitou ao Ministério Público Federal a suspensão do Discord no país.
A medida foi motivada por investigações que revelaram o uso da plataforma para planejar um ataque durante um show da cantora Lady Gaga no Rio de Janeiro, conhecido como Operação Fake Monster. As autoridades alegam que o Discord não possui representação legal no Brasil, o que dificulta ações judiciais contra crimes cometidos na plataforma .
Em resposta, o Discord afirmou estar colaborando com as autoridades brasileiras e destacou seu compromisso com a segurança dos usuários. A plataforma ressaltou investimentos em ferramentas de moderação e parcerias com organizações de proteção à infância. No entanto, o debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais e a necessidade de regulamentação continua em pauta no país.