Ano de crise e má fase competitiva

De acordo com o documento, o desempenho esportivo abaixo do esperado em 2024 teve um efeito cascata sobre as receitas da organização. A direção da Astralis apontou que encerrou todas as operações não relacionadas ao esporte até o fim do ano, como parte de uma tentativa de conter os prejuízos.

“2024 foi um ano difícil. Devido aos maus resultados esportivos e ao impacto negativo sobre nossas atividades comerciais, consolidamos nossos negócios encerrando todas as operações fora do esporte no fim de 2024. O resultado foi um prejuízo líquido antes de impostos e depreciação de US$ 4,75 milhões.” — Trecho do relatório financeiro da Astralis

Além disso, a decisão da Valve de encerrar o modelo de franquias no Counter-Strike 2 também afetou diretamente a Astralis, que antes lucrava com parcerias com a ESL e a BLAST. Outro golpe veio com o atraso no pagamento da venda de seu slot na LEC, liga de LoL da Riot Games. Embora o valor da venda tenha sido de US$ 18 milhões, o montante só será liberado entre o final de 2025 e 2026.

Futuro incerto e opções em análise

O relatório aponta que a Astralis trabalha com três possíveis caminhos para atrair capital e evitar uma crise ainda maior:

• Venda total ou parcial de ações;
• Fusão com outra empresa;
• Venda de ativos, como elencos ou jogadores.
• “Se a empresa não conseguir atrair novo capital, por meio de fusão, emissão de novas ações ou venda de operações, haverá sérias dúvidas sobre a capacidade de continuar suas atividades.” — Trecho do relatório
• Fontes próximas à organização indicam que a venda do elenco de CS2 pode acontecer já na próxima janela de transferências, após o término do BLAST.tv Austin Major 2025.
• Para tentar dar estabilidade ao clube, Nikolaj Nyholm reassumiu como CEO interino. Fundador da Astralis, Nyholm é conhecido por seu networking no setor de tecnologia e startups.