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A LG Display acaba de realizar algo que a indústria de displays buscava há anos. É a primeira empresa a produzir em massa painéis OLED fosforescentes azuis. Isso é um grande feito, pois o azul sempre foi a peça que faltava no que foi apelidado de “OLED dos sonhos”, um display que utiliza fosforescência energeticamente eficiente para vermelho, verde e azul.
O avanço ocorre após oito meses de desenvolvimento com a Universal Display Corporation (UDC), e o novo painel fará sua estreia pública na SID Display Week 2025 em San Jose.
Curiosamente, muitos esperavam que a Samsung fosse a primeira a decifrar a fosforescência azul e a trazê-la ao mercado em futuros dobráveis, como o Galaxy Z Fold 7 ou Flip 7. Mas foi a LG que chegou lá primeiro.
Eis a importância disso. Embora os materiais fosforescentes vermelho e verde já existam há anos e sejam usados nos displays OLED atuais por sua alta eficiência e baixo consumo de energia, o azul tem sido um problema persistente. A luz azul tem um comprimento de onda menor e maior energia, o que a torna muito mais difícil de gerenciar. Os painéis OLED existentes dependem da fluorescência azul, que é mais estável, mas incrivelmente ineficiente, chegando a apenas 25% de eficiência na emissão de luz.
A nova abordagem da LG é uma estrutura híbrida “dual-stack tandem”. A camada inferior ainda utiliza fluorescência azul para maior durabilidade, mas agora é combinada com uma camada fosforescente azul na parte superior. Este design reduz o consumo de energia em cerca de 15% sem sacrificar a estabilidade ou a vida útil. Em um mundo de smartphones, tablets e gadgets com IA que consomem muita bateria, isso não é apenas impressionante, é essencial.
Esse avanço se baseia fortemente na tecnologia PHOLED da UDC, construída em torno de compostos organometálicos contendo metais pesados como o irídio. Esses materiais permitem que o painel utilize excitons singlete e triplete, o que significa que extrai muito mais luz com a mesma quantidade de energia, com eficiência próxima de 100%.
Os benefícios vão além do simples menor consumo de energia. Esses novos painéis podem permitir telas mais brilhantes, baterias mais duradouras e dispositivos potencialmente mais finos. A LG afirma que a tecnologia é voltada para telas pequenas e médias, o que significa smartphones e tablets por enquanto, mas há um claro potencial para wearables, dobráveis, PCs com IA e até mesmo headsets de RA ou RV.
O OLED fosforescente azul tem sido o maior desafio na tecnologia de telas. Agora, com a solução da LG, o OLED dos sonhos não é mais apenas um conceito. É real e chegará em breve.